Você já reparou que o azeite, um produto tão apreciado na culinária brasileira, está cada vez mais caro nos supermercados? Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o preço do azeite subiu quase 20% entre setembro de 2022 e setembro de 2023. Mas qual é a razão desse aumento?
A resposta está na oferta e na demanda do produto no mercado internacional. O Brasil produz cerca de 750 mil litros de azeite por ano, mas consome cerca de 100 milhões de litros. Isso significa que o país depende muito das importações, principalmente da Europa, que concentra 75% da produção mundial de azeite.
O problema é que a Europa enfrentou uma série de dificuldades climáticas e sanitárias que afetaram a safra de azeitonas nos últimos anos. A seca, os incêndios, as altas temperaturas e a bactéria Xylella, que ataca as oliveiras, reduziram a quantidade e a qualidade das azeitonas, e consequentemente, do azeite.
Com a oferta menor e a demanda maior, o preço do azeite disparou no mercado internacional. Na Espanha, o maior produtor mundial, o preço do azeite extra virgem chegou a um recorde de 820 euros por 100 quilos. Além disso, o Brasil ainda sofre com a desvalorização do real frente ao dólar, que encarece ainda mais o produto importado.
Diante desse cenário, muitos consumidores brasileiros têm buscado alternativas mais baratas e acessíveis do que o azeite de oliva, como o óleo de amendoim, o azeite de dendê e o óleo de gergelim. Esses óleos vegetais também têm benefícios para a saúde e podem ser usados em diversas receitas.
No entanto, para os amantes do azeite, a esperança é que a próxima safra europeia seja melhor e que o preço do produto volte a cair. Enquanto isso, vale a pena pesquisar os preços e aproveitar as promoções nos supermercados. E, claro, usar o azeite com moderação e sabedoria.